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quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Cartas para Dezembro



Eu sempre o odiei. Antes não sabia muito bem porque, mas agora entendo o motivo dessa aversão.
Além do Natal, Dezembro traz consigo muitos finais.
Os ciclos geralmente se fecham com a sua chegada e isso costuma ser uma coisa dolorosa. Não gosto de finais.
Sempre torci para que ele passasse de maneira rápida, contudo ele se arrastava de maneira modorrenta ao longo dos trinta e um dias que o compõem. Parecia fazer de proposito, só para me contrariar. Eu o odiava, mas não por completo.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Conversa de almas, diante do conflito entre o coração e a mente


Ele sempre quis  escrever, mas não tinha muito sobre o que falar.
Era assim que sua mente pensava, mas o coração tratou de desafia-la, obrigando-o a rascunhar algumas coisas no papel.
Nascia  um escritor.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Armadilhas do tempo


1 hora da tarde. O sol brilhava forte e o firmamento era uma imensidão azul.
O dia estava lindo e eu sentia uma enorme vontade de chorar, mesmo assim repreendia aquelas lágrimas com todas as minhas forças, pois sabia que depois da primeira muitas outras viriam logo em seguida.
Lutava para não ceder ao peso de tudo aquilo, mas o meu peito doía. Aguentaria por mais tempo?
Percebo que sempre pedi por ombros mais fortes, e nunca por cargas mais leves. Seria a orar de mudar a prece?

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

O doce mundo da analfabeta

Uma banana velha com manchas escuras na casca.
Ela chamava aquilo de merenda? Explodo, queria um lanche de verdade!
Estava farta daquela vida mais ou menos. Jogo a banana pela janela, pego meu celular, ponho o fone de ouvido e saio para esfriar a cabeça. Deixando para trás uma mãe chorosa.
Os livros diante dela pareciam a encarar, mas ela não conseguia entender o que eles queriam dizer. Era uma analfabeta.
Vago pela rua sem destino por um certo tempo até me lembrar do que fazia antes de sair de casa.
O rendimento minimo para ser aprovado em escolas particulares era um pouco maior. Precisava estudar. Cobrei-me, fazendo o caminho de volta para casa quando aquela visão me paralisa.
Não acredito no que vejo, não daquela maneira.

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

As crônicas do amor: O Cientista



A ultima mala estava pronta. Ele, finalmente, estava preparado para partir, contudo sentia que precisava voltar ao inicio.
Antes da partida algo precisava ser feito.
Não demorou muito para que ele estivesse naquela praça, que por tantas vezes testemunhou o seu amor. Será que ao menos ela, tenha sido capaz de entender o seu jeito de amar?
Aquilo não importava mais, ele tinha voltado porque queria dizer o quão amável ela era e como havia sido importante a sua presença ali, por todo aquele tempo, mas ele não era bom em falar e ninguém entendia seus gestos.
Ele era um desastre!
Aquele inventor de amores havia criado diversas maneiras de dizer eu te amo. Nenhuma delas havia funcionado. Ele era um cientista fracassado.
Aquele amor acabou ruindo por conta da incompreensão. Dele? Dela? Isso não importava!
O amor havia ruído e isso, por si só, já era ruim. Não era necessário encontrar culpados e sim uma salvação.

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

O Efeito Borboleta


"O bater de asas de uma borboleta pode ocasionar um furacão em algum lugar do mundo."
Por muito tempo essa frase havia lhe soado como algo estranho e sem sentido, mas agora, diante daquela mesa redonda, ele entendia o real significado daquelas palavras.
O seu futuro estava em jogo e que resultado aquilo poderia gerar em sua vida?
Ele não sabia dizer e isso lhe trazia medo, mas ter medo do desconhecido era algo comum. Como não estremecer quando algo tão importante esta em pauta? O futuro...

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

A morte do sonho pela sobrevivência



O esgoto corria por de baixo daquelas tábuas, o cheiro era insuportável e aquela velha porta vinha sendo consumida lentamente pelos cupins. Um simples sopro parecia ser capaz de derruba-la.
Aquela morada precária era o porto seguro, daquele homem. Triste ilusão, como aquele velho barraco poderia protege-lo?
As campanhas de uma vida melhor, infelizmente, ainda não haviam chegado ao topo daquele barranco, onde aquele comodo mal acabado se equilibrava.
Por muito tempo ele esperou que aquelas promessas de vida melhor o alcançasse, mas nem sempre a teoria funciona na pratica e logo a dura realidade o empurrou para um caminho sem volta. Não havia tempo para esperar.
A velha história se repetia mais uma vez...

terça-feira, 29 de outubro de 2013

A grama do vizinho


Mais um final de semana diante do computador, meus amigos postam fotos que narram um descanso perfeito. Percebo o quanto minha vida é sem graça e uma tristeza me atinge, mas continuo ali,sem saber ao certo porque, até que o som da campainha rouba minha atenção.
Diante da minha porta estava o amigo que a horas atrás havia postado fotos de um passeio, que juguei eu, ter sido perfeito.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

O Iluminado

Ele sempre foi visto como o favorito e aquilo era horrível, afinal um simples deslize seria o suficiente para que muitos se decepcionassem.
Possuir um brilho natural é bom, mas involuntariamente as pessoas sempre acabam esperando algo a mais de você.
O Iluminado era atormentado pelas sombras da própria luz. Isso é completamente sem sentido,eu sei, mas os Iluminados entenderão...
Como lidar com aquilo? Existiria uma forma de perder aquele brilho? - Questionou-se, indeciso diante daquele revês.
O Iluminado sempre foi assim, um destaque, e se o seu brilho fosse retirado, o que sobraria então?
Com certeza apenas um vão, um buraco, que dificilmente seria preenchido. Ele não era insubstituível, contudo, era único.
Mas porque todos esses questionamentos justo agora?

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

O senhor do tempo

Algumas pessoas tem o desejo de voltar no tempo para consertar certos erros. Ele tinha esse poder, mas não o utilizava em beneficio próprio. Preferia tomar sua historia como exemplo para ajudar a reparar o erro de outras pessoas.
Mas o que havia feito aquele senhor do tempo?
Ninguém era capaz de dizer.
Aquele velho sentando na beira da calçada tinha uma iris monocromática que transportava qualquer um para um mundo de mistérios, mas, na verdade, era só isso: mistério.
Não havia nenhum segredo sobre o senhor do tempo, porém, mesmo assim, ele era visto como uma incógnita.
Ele era como um livro aberto rodeado por cegos.
Mas o que havia feito o senhor do tempo?

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

As crônicas do amor : O Velho e o Moço

Eles eram lindos.
De alguma forma eles se completavam e era notável a alegria daquele casal que caminhava de mãos dadas.
Eu já havia visto inúmeros casais assim: felizes, perfeitos e que se completavam.
Mas eles tinham um diferencial, ou melhor, ele tinha um diferencial. Que apenas as pessoas mais atentas e experientes poderiam notar.
Seria ela capaz disso?
A rua estava deserta e eles pareciam não ter me notado ali, mas quem teria?
Me aproximo e os espanto ao surgir em seu campo de visão sem nenhum aviso.
-Pois não? - Perguntou ele desarmando sua posição ofensiva ao constatar que eu era apenas um velho.
O ignoro, pois já o conhecia bem. Minhas atenções estavam voltadas para aquela iris dilatada e multicolorida daquela garota que me encarava. Com certeza mil pensamentos passavam pela sua mente naquele momento, mas o que me preocupava não era o que ela era capaz de pensar e sim o que ela não era. Seus olhos eram incapazes de enxergar certas coisas.
-Desculpe, de longe vocês se pareciam com um casal que conheci. - Digo tentando não ser absorvido pela minha constatação.
- Que casal? - Pergunta ele de impulso e então o encaro.

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

O homem na estrada



Como um ex-presidiário, assim que ele seria apontado pelo resto da vida.
Contudo o que ele poderia ter feito? Aquele pão o levou a ruína.
Um dia alguém determinou, que pobre morreria, quem assim nascesse. E por muito tempo ele lutou para fugir daquela determinação, na qual, acreditava ele, não ter sido criada por um pobre e que impedia que as pessoas fossem senhoras do seu próprio destino. Porém uma única voz não poderia fazer nada perante a uma multidão de surdos.
Ele fraquejou. E um único pedaço de pão foi o suficiente para enquadra-lo naquele destino que ele tanto quis evitar.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Coisas que perdemos pelo caminho

A bolinha de papel voou acertando o balde. Era a terceira ou quarta folha que tinha o mesmo destino.
Ele não conseguia organizar seus pensamentos em palavras, mas eu o entendo.
Involuntariamente absorvemos tudo que esta ao nosso redor e escrever é colocar tudo isso para fora, mas como escrever sobre algo que se perdeu e a mente não consegue mais identificar?
O homem diante daquela folha de papel era um guerreiro, as cicatrizes que ele carregava era prova disso. Apenas um guerreiro seria capaz de chegar onde ele chegou, contudo sua preocupação no momento era responder a um único questionamento: Por que aquela vitória não veio acompanhada do sabor da felicidade?

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

O muro



Uma mão de tinta. Foi isso que haviam colocado sobre o meu grafite e me pergunto, parado diante daquele muro branco, porque o novo sempre incomodava as pessoas?
Consigo me lembrar nitidamente daquela garotinha que tentava inutilmente alertar a sua mãe para o que existia ali. Penso que as crianças deveriam ser mantidas num mundo distante dos adultos. Não iria demorar para que aquela ela fosse contaminada pelos adultos, fazendo com que pouco a pouco seu mundo também se torna-se cinza e com isso mais uma luz se apagaria. Mais uma esperança de dias melhoras seria morta de maneira implacável, mais uma mão de tinta seria jogada contra uma explosão de cores.
Aonde chegaríamos assim?

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

As crônicas do amor : O Escritor e a Cega

Aquelas palavras haviam me atingido com uma precisão fora do comum e logo em seguida um sentimento de arrependimento começou a aflorar em mim.
Agora eu entendia que nós dois compartilhávamos de um coração mofado, a diferença é que ele tinha consciência disso e eu não.
Começo a pensar se tudo aquilo havia acontecido com aquele garoto magrelo, que escrevia aquelas crônicas que me descreviam tão bem, ou se tudo aquilo não passava apenas de um fruto da sua imaginação...
Compreendo agora, depois de tanto tempo, o que ele sempre quis dizer: Todas as pessoas tem uma forma diferente de amar.
No fim ele sempre falou de amor, na verdade ele sempre falou de amor! 
Eu que apenas não conseguia enxergar isso. Talvez ele fosse bem feliz, percebo que ele sempre colocava uma pitada de amor nas coisas mais bobas, nas mais complexas,nas mais nobres, o amor estava sempre ali, o rodeando por todas as partes. Não naquela dosagem grande e enjoativa, talvez por isso que eu não conseguisse enxergar, pois queria tudo demais.Eu pecava pelo excesso.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

O reflexo, a flor e o guarda-chuva



O que havia mudado?
Ele  não sabia dizer, mas tinha certeza que ela estava certa sempre que dizia que algo em seu olhar havia mudado. Porém, não era assim que devia ser? Crescer, trabalhar, ser levado a serio...
Como fazer tudo isso sem mudar? Como fazer isso sem alterar a sua essência? Como não sentir a dor de sair da casca e encarar o mundo lá fora...?

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

A herança: uma flor

Eu não havia ido muito longe, estava ali, diante do meu jardim, parado, sentindo aquelas pesadas gotas irem de encontro ao meu rosto, enquanto eu a encarava sem esboçar nenhuma reação.
Ela esta ali, linda, singela, com uma energia radiante que lhe proporcionava um brilho único.
Como isso era possível?
Tudo estava desmoronando quando eu a notei pela primeira vez, mas nunca havia lhe dado chances de preencher a lacuna em meu coração e se tornasse algo mais para mim. E assim eu a ignorei, deixando-a de fora da minha casa, da minha vida, do meu coração mofado.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

O Homem de Lata

O celular tocou, trazendo um misto de estranheza e surpresa ao ver quem o ligava. Havia tempos que ele tinha se tornado uma pessoa fria, de coração duro, e as pessoas sempre o julgavam por ele ser daquela maneira, porém nunca se perguntaram o porquê dele ser assim, e se em algum momento chegaram a refletir sobre isso não haviam destinado muito tempo para descobrir a resposta. Julgar é mais fácil, mas ele sabia exatamente os motivos que haviam lhe transformado naquele homem frio e inalcançável.




quarta-feira, 14 de agosto de 2013

O homem, o mofo e o guarda-chuva


Mais um dia... –Pensou desanimado, vendo da janela a chuva cair intensamente.
No canto do quarto estava seu guarda-chuva, o tempo não havia lhe dado oportunidades para se secar e o mofo o invadiu por completo. Mas o mofo no guarda-chuva não importava, as manchas pretas naquele homem é que eram o real problema. Como se recuperar de uma enxurrada de problemas, feridas e desilusões?

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

O Coral

O sol tocou seu rosto e ele sentiu aquela sensação gostosa de calor invadindo seu corpo. Livre! Agora ele conseguia entender o que ela quis dizer, no momento aquilo havia soado estranho. Espírito Livre? Como assim? Foi sua primeira indagação, mas logo ele mesmo acabou por encontrar a resposta.

quarta-feira, 31 de julho de 2013

'Segundas chances'


Como um monstro. Era assim que ele a enxergava, mesmo depois de prometer a si mesmo que nunca mais julgaria alguém, ele não conseguia  vê-la de outra forma. Aquilo era diferente.
Afinal, de que outra forma ele poderia enxerga-la?

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Espera que o sol já vem.

Ele havia cedido ao peso de tantos problemas, as lágrimas que nunca surgiam de seus olhos  agora pareciam brotar de seu coração, e o pior, acabaram por afogar sua esperança.
Penso agora que essa seja a função do choro; colocar tudo pra fora, restaurar o equilíbrio e manter o nosso interior intacto.. Lavando a alma e nós protegendo de tudo aquilo que nós bombardeia.
Ele teria que aprender a chorar...
Mas isso não era o pior, ele havia acabado de desistir. Desistir! E ninguém podia fazer nada para mudar isso, porque no fim essa batalha era dele, contra ele mesmo.
O homem sentado na beira daquela cama era alguém que ele próprio não gostaria de conhecer. Velho, cansado, sem esperança, mas ele não gostava de ser assim. Afinal, quem gostaria?



quarta-feira, 17 de julho de 2013

A ultima crônica

Fim. Ele deveria ter escrito essa palavra depois de terminar sua crônica , mas sua mão havia formado aquela palavra no papel antes mesmo que ele percebesse.
O longo suspiro dado por ele era uma tentativa de acalmar aquela mente tão enevoada, porém uma inquietude abalava seu equilíbrio.
Um ponto final. Era isso que ele pretendia colocar em tudo aquilo, nas exclamações, reticências e, principalmente, nas interrogações. Ele as odiava. E queria ,de verdade, iniciar um novo capitulo sabe? Virar a pagina! Deixar tudo aquilo para trás, sem exclamações, reticências ou interrogações, apenas levando consigo a paz proporcionada por um ponto final. Ou então deixar tudo aquilo de lado, afinal, escrever sempre sobre a mesma coisa não tornaria seus textos chatos e repetitivos?

domingo, 14 de julho de 2013

Em busca do desconhecido

É muito difícil ser forte o tempo todo, e eu descobri isso da pior maneira. Sendo forte o tempo todo. Mas naquele momento eu estava realmente cansado, talvez seja essa, uma das sensações proporcionadas por uma vida dura.
Seria a hora de desistir? Sim! Respondi a meu próprio questionamento com uma enorme vontade de jogar tudo pro ar...
Daí me lembrei daquela carta que escrevi para aquele desconhecido pedindo para que ele não perdesse a fé e sempre tentasse outra vez.
Que belho conselheiro eu sou! Critico-me ao perceber que sou incapaz de seguir os meus próprios conselhos. Espero que isso não me transforme em um hipócrita ,

segunda-feira, 8 de julho de 2013

A carta

Oi,


       É um pouco estranho, até para mim, escrever algo assim, afinal, como escrever uma carta para alguém que você não conhece? Mas vamos lá...

terça-feira, 2 de julho de 2013

Lua Nova

‘ A voltas que a vida dá. ’ 
Sempre ouvi essa expressão e nunca havia a entendido. Até perceber que a vida é composta por ciclos, onde um tem que terminar para que o outro comece.
Acompanhando essas voltas lá esta a lua, crescendo, minguando, cheia, nova...
Acompanhando essas voltas lá esta a lua, fazendo uma alusão as nossas próprias vidas retratando os nossos altos e baixos sem perder o brilho.


sábado, 29 de junho de 2013

A ultima lágrima


-Não chora não!- Pedi quase suplicando sentindo uma enorme vontade de abraça-lo. Hesitei. Seria seguro?
Ele estava irreconhecível, não se parecia nem um pouco com o homem que a momentos atrás afirmava para mim que nunca chorava.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Como uma luz ou um mantra

Chovia la fora.
O domingo tinha um ar cinza e sua atmosfera era monótona. Olho em volta. O clima parece combinar com meu humor.
Os tempos haviam sido corridos, enevoados e estressantes... Meu coração obriga a caneta a rabiscar inúmeras frases soltas e aparentemente sem sentido, enfim começo a por todas as minhas anciãs e medos para fora.

domingo, 2 de junho de 2013

O Sonhador


Não desistir.
Foi o que ele disse para si mesmo inúmeras vezes durante sua escalada, agora ele estava ali diante das luzes que tanto sonhou...

domingo, 5 de maio de 2013

Lágrimas


- Você nunca chora? - Perguntou ele, com um misto de indignação e surpresa na voz.
Sorri e lembrei-me de quantas vezes deixei-me afogar pelas lágrimas. Elas me sufocavam, calavam minha voz e me mantinham desorientado.
Com o tempo converti todas elas em puro gelo que blindavam todo meu eu. Passei a ser chamado de frio.

Paraíso

Como começar?
Essa é a pergunta que com certeza já nós fizemos em algum momento da nossa vida. Essa foi a pergunta que me fiz quando decidi encontrar meu paraíso.

Como começar?
Eu era só um moleque, eu só pensava em dançar, o meu céu era sempre tempestuoso e aquelas malditas amarras me mantinhas sempre preso ao chão, mas ainda assim eu conseguia fechar os olhos e sonhar com o paraíso.

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Passarinho Verde


Nesse momento estou vendo os primeiros raios de sol surgirem no horizonte e espero pelo momento em que eles me atinjam e me recarreguem com a sua luz. Do meu celular Chris Martin canta algo sobre: ‘ Ninguém disse que seria fácil. ’
Na verdade comecei essa crônica  sem saber ao certo o que escrever, enquanto isso o celular continua a cantarolar: “Nobody said it was easy .”
 E é apenas nisso que consigo me concentrar...

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Seja como o Super Mario...











...e quando você entrar pelo cano procure por lá novas riquezas, experiencias. 
Procure novas emoções, novos amigos,desafios, descubra outros caminhos...

terça-feira, 26 de março de 2013

Pétalas


No inicio éramos como um botão de uma flor, de tão unidos que éramos quase era impossível distinguir uma diferença entre nós, porém com o tempo veio a necessidade de crescer, uns primeiro, outros depois, e então aquele botão ficou pequeno demais para nós.
Passamos a ser como pétalas, algumas pequenas, outras maiores, todas buscando seus sonhos e aspirações. Todas belas. Todas girando para o seu sol.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Vida de Tartaruga


Você já parou pra pensar como é louca a vida de uma tartaruguinha?
Ao nascer elas são minusculas, cabem com facilidade na palma da nossa mão, são frágeis e indefesas, mas logo nos seus primeiros instantes de vida já enfrentam a imensidão do mar, nadando contra a maré.

Chega a ser angustiante de ver de como ela são facilmente empurradas pela força da água, ( Será que aquela água salgada não faz com que seus olhos ardam?),dezenas de vezes seguidas, até que elas conseguem finalmente adentrar ao mar.
É fascinante, mesmo sendo  tão pequenas e frágeis elas consigam ‘derrotar’ o mar com toda sua grandiosidade.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Mundo Cinza

Eu estava ansioso, havia passado praticamente toda a madrugada trabalhando naquele projeto, mas enfim estava pronto. Meu graffit era cheio de cores e vida, era impactante! Não havia como não percebê-lo ali, era a coisa mais viva que existia naquela rua acinzentada.
E eu não esperava a hora de ver as pessoas pararem para admirar o meu feito, corri pra casa e voltei no final da tarde, sentando-me em uma lanchonete no outro lado da rua, pedi um capuchino, estava frio.
O tempo passou e percebi que as pessoas se quer notaram a explosão de cores que ‘milagrosamente' haviam atingido aquela rua cinzenta, uma garotinha até tentou alertar sua mãe, mas ela a arrastou pelo braço prometendo-lhe um doce se ela se comporta-se bem.
Então fique ali sentado por alguns instantes,paguei a garçonete e voltei pra casa.
Quando a madrugada chegou voltei para ‘minha tela’, havia uma ultima coisa há fazer.
No outro dia um amigo me chamou as pressas, disse que eu precisava ver algo.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Pausa


E hoje finalmente eu tive tempo para chorar, para sentir as velhas feridas e os calos que tanto me incomodam.
Hoje tive tempo para chorar e lembrar-se das velhas decepções, pelas quais passei como se fosse um trator sem me permitir abalar.
Tirei alguns cascões; vi algumas feridas sangrarem e voltarem a doer. Hoje tive tempo para chorar e recordar como havia conseguido tantas feridas. Tive tempo para pensar, repensar, fazer um balanço, criar novas esperanças, expectativas...

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Oração ao tempo



As vezes penso que o tempo passou por mim rápido demais, trazendo informações de anos em apenas um segundo, me tornando analítico, observador e acho que posso dizer: maduro. Agradeço pela bondade do tempo,que permitiu que as pessoas que para mim olhassem vissem apenas uma criança.

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