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domingo, 4 de dezembro de 2016

Minutos

Quantos minutos de silêncio são necessários para que possamos refletir sobre a vida?
Eu nunca gostei de pensar onde as coisas acabam.
O ser humano tem uma rejeição natural a ideia do fim, por conta disso, criamos os ciclos. Uma ideia genial, de que todo o fim é a porta para um novo começo. Ameniza a dor e torna a ideia do fim menos implacável. É assim quando os filmes terminam no cinema. Algumas pessoas relutam em ficar sentadas em suas poltronas, mesmo quando as luzes se acendem e os créditos começam a subir. É assim quando estamos perto de terminar aquele bom livro e passamos a diminuir o ritmo afim de prolongar a boa sensação daquela leitura, mesmo que isso confronte o nosso desejo de saber o desfecho da história.
O ser humano não está preparado para o fim.



quarta-feira, 12 de outubro de 2016

As crônicas do amor: O Senhor do Tempo, o Príncipe e a Amada

Após suscetíveis golpes da vida, o Príncipe acaba tendo sua fé abalada. Desiludido, e tendo o tempo como o seu maior inimigo, ele acaba deixando inúmeras coisas para trás. Incluindo o amor e a Amada. É quando um acidente o coloca diante do Senhor do Tempo, que tem a missão de ajuda-lo a reencontrar o sentido da vida, restaurando a sua luz interior. Tudo parece bem, até que o verdadeiro inimigo surge, pondo em risco os planos do Senhor do Tempo, levando o Príncipe para caminhos totalmente diferentes.
Vem aí As crônicas do amor: O Senhor do Tempo, o Príncipe e a Amada, o novo livro inspirado no universo do Meu Coração na Caneta. 



domingo, 25 de setembro de 2016

Por trás do silêncio

Era noite.
A rua estava isolada e o esgoto seguia o seu curso rua abaixo, ziguezagueando pelos buracos. Não havia asfalto, ou calçada. Apenas uma porta separava o meu barraco do mundo. Imundo. 
O som que irrompeu a noite me trouxe uma triste convicção.
Morria um irmão a tiros na rua de trás.
Meus músculos se contraíram. O cano ainda devia estar quente e sua vida devia estar escorrendo rua abaixo, ziguezagueando pelos buracos. 
O silêncio era onipresente. Assim como as vozes caladas pelo medo, os sonhos sufocados pela realidade e a ganancia que era capaz de sobrepor os esforços de algo honesto. 
O silêncio era onipresente. Assim como o medo daqueles que temiam, como o temor daqueles que temiam temer... 
Por trás do silêncio meu destino vinha sendo escrito.
Me escondi entre a cama e o fogão. Estava escuro, não tinha luz no barraco. Não iam me encontrar!

domingo, 21 de agosto de 2016

Assim como o cascão

- Não mexa no cascão! - Alertou o medico, antes mesmo dele se formar.
Fiz que sim com a cabeça, com a plena convicção que o desobedeceria em breve.
Encarei minha ferida por alguns segundos e nos momentos seguintes gastei minhas energias para reclamar o quanto ela incomodava. Ao invés de cuidá-la e agradecer por todo o resto que se manteve intacto. 
Como era previsto, um cascão surgiu para proteger minha ferida. E eu, estupidamente, o tirei dali. 
Isso fez com que a dor percorresse o lugar e o sangue escorresse novamente.
Acaba de ferir minha ferida. 

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Tudo o que vi

No final estava realmente sozinho.
Meus sonhos mudaram, mas eles não calaram a minha dor,
E nem transformam tudo o que vi.
Relevei, levei. Errei!
Somos muitos, mas no fim, percebemos que estamos sós.
Contra o mundo, contra tudo, contra nós, contra os mesmos. Contra nos mesmos...
Meu bem, por onde esteve, enquanto esteve aqui, tão distante!
Sem notar que sua presença seria um presente em meu presente tão sombrio?
O amor não é eterno, eu menti.

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Tudo o que virá




O mundo mal nos leva para lugares distantes. Amargamos com o gosto da decepção e nos perdemos, enquanto somos levados, pelo dança do tempo.

As flores, as cores, os amores... Tudo se perde. Tudo se vai. Como tudo aquilo que passou.
Você esta vendo, meu bem, eis tudo o que ficou.
As coisas se vão e levam consigo um pouco de nós.
As pessoas se vão, com um pouco de nós.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

O caminho até aqui


Porque evitar tanto o passado?
Porque resistimos tanto em lembrar dos velhos amores, dos nossos sonhos, da caminhada, de quem eramos?
Porque ignorar tudo o que passou, meu bem.
Se o que virá, também passará e irá se misturar com aquilo que passou e tentamos tanto esquecer.
Ignorar o que passou não nos prepara para o futuro.
As coisas passam, as coisas mudam e as pessoas também, meu bem...
A caminhada é dura e o mundo é mal. Mas isso é necessário, para que possamos ser melhores.

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