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sábado, 21 de março de 2015

Compartilha?

Minha galeria está infestada de coisas inúteis, vídeos de mau gosto e textos sem nenhum sentido, que são replicados na velocidade do ctrl+c, ctrl+v.“Se você acredita em Deus, compartilhe essa mensagem para 10 amigos. 
Se acredita no Diabo, só olhe.”Antigamente, a fé era provada com atos de solidariedade, afeto, perdão...


É as coisas mudaram, e às vezes penso que eu sou o único a enxergar uma realidade cruel e dolorosa por de trás daquele vídeo onde o homem bêbado e desdentado é posto em situações ridículas pela burguesia que filmam tais momentos do alto dos seus Iphone’s para se divertir.
Algumas coisas não deveriam ter graça.
Penso que o tal “pau de selfie” foi uma sacada fascinante, mas também é algo que nos empurra ainda mais para a solidão...“Ei, você poderia tirar uma foto nossa?”Muitas amizades nasceram assim, muitas conversas casuais e bem humoradas deixarão de existir por conta da não verbalização desta frase...Curtir, comentar, compartilhar. Não necessariamente nessa ordem, mas hoje é muito importante que isso se faça, mesmo sem embasamento para tal.Viramos replicadores de verdades duvidosas e de levantes sem fundamento.Curtimos antes de ler, compartilhamos sem comentar, passamos algo para frente sem entender o porquê.Por quê? Compartilha?

sexta-feira, 13 de março de 2015

O Sepultador de sonhos



Algumas pessoas acham à morte a coisa mais triste da vida, mas mais triste mesmo são as coisas que morrem em nós enquanto ainda vivemos. Percebi isso, quando encontrei o Sepultador de Sonhos e notei que não havia coisa pior do que ter um sonho enterrado.
Só conseguimos enxergar certas coisas, quando nos debruçamos sobre a janela do tempo...
Benditas são as cicatrizes que nós fazem recuperar os sonhos esquecidos. É preciso desacelerar e evocar memórias perdidas no frenético vai e vem dos ponteiros.
Foi o que fiz e percebi que aquele garoto que sonhava em fazer uma faculdade morreu em mim. Foi o que fiz, e percebi que aquele projeto das férias morreu antes do estourar do champanhe. Foi o que fiz, e percebi que muitas coisas se perderam pelo caminho...

Mas, por quê?
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