A rua estava isolada e o esgoto seguia o seu curso rua abaixo, ziguezagueando pelos buracos. Não havia asfalto, ou calçada. Apenas uma porta separava o meu barraco do mundo. Imundo.
O som que irrompeu a noite me trouxe uma triste convicção.
Morria um irmão a tiros na rua de trás.
Meus músculos se contraíram. O cano ainda devia estar quente e sua vida devia estar escorrendo rua abaixo, ziguezagueando pelos buracos.
O silêncio era onipresente. Assim como as vozes caladas pelo medo, os sonhos sufocados pela realidade e a ganancia que era capaz de sobrepor os esforços de algo honesto.
O silêncio era onipresente. Assim como o medo daqueles que temiam, como o temor daqueles que temiam temer...
Por trás do silêncio meu destino vinha sendo escrito.