Por dentro e por fora
E de hora em hora olhava o tempo lá fora.
O segundos haviam se tornados vitais, em meio a estrada e sonhos tão surreais.
Daria um filme,
Em meio a selva de pedra
O garoto humilde
Luta contra a regra
Que "preto não tem vez"
E de uma vez passava a vestir preto.
Por dentro e por fora.
Entre o sonho e a sobrevivência
O guerreiro e poeta vivia entre o tempo e a memória.
A espera da glória, sugada pela escória, ora...
O nosso corpo é cheio de marcas e as marcas são cheia de lembranças, acumuladas ao longo do tempo que são juntas pela mente
Muitas vezes impaciente.
Entre o tempo e a memória existem as cicatrizes.
Que benditas são quando nos fazem recuperar os sonhos esquecidos.
Entristecidos, enrijecidos...
Fracassados, abandonados, desolados...
Entre o tempo e a memória existe tudo o que se perdeu.
Sonhos, projetos, fé, esperança...
Coloco toda a culpa dessas perdas na ganancia!
Benditas são as cicatrizes que nos fazem recuperar tudo o que se perdeu...
Esqueceu, escureceu...
Bendita é a luz, que reluz e nos faz perseverar
Lutar, brigar, caminhar...
Que Deus me guarde, pois eu visto preto.
Por dentro e por fora.
Entre o tempo e a memória.
*Esse texto contém alguns trechos da musica Negro Drama - Racionais Mc´s