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segunda-feira, 18 de maio de 2015

Para casa


Essas paredes me cercam desde que nasci, mas nunca as tive como um lar.
É estranho, estar rodeado por pessoas e mesmo assim se sentir só.
A vida está cheia de juízes e pergunto-me se realmente precisamos deles...
Estava ali, há muito tempo, mas não me sentia em casa.
É estranho, nascer em um lugar, mas não considera-lo o seu lugar.
As pessoas estão dispostas, o tempo todo, para serem juízes...
Outras, percorrem longas distancias para se sentirem parte de algo maior. Outras, são julgadas impiedosamente..
Os nossos olhos carregam os sonhos, que são protegidos pelas barreiras criadas por nossos ouvidos a fim de manter intacta a coragem do nosso pensamento, das palavras mal proferidas.
Pergunto-me se realmente precisamos de juízes. Pergunto-me se realmente precisamos ouvir algumas coisas, o se algumas coisas precisavam realmente ser ditas....

Não. Acredito que as palavras que te limitam e tiram sua força são completamente descartáveis.
As paredes que me rodeiam me mantém a milhas de casa, desde que eu nasci.
Percorremos grandes distancias, carregando nos olhos o que os ouvidos tentam defender e o pensamento luta para manter vivo.
A escuridão que me envolve, as vezes, faz com que a harmonia e o conforto de um lar pareça uma utopia.
A escuridão nos cega, mas ela é fundamental para que possamos reconhecer a luz.
Mas eu tenho a certeza de qual caminho trilhar, no fim, nunca estamos sozinhos.
Além do horizonte, vem a luz que atinge os meus olhos e assim,
Seguirei para casa.
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