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domingo, 26 de janeiro de 2014

O destino de todas as palavras


Algumas pessoas escovam os dentes, outras assistem TV e outras escrevem.
Não que os escritores não assistam TV, ou não façam sua higiene bucal. E vice-versa.
São apenas comparações de atividades rotineiras...
Mas porque os escritores abrem mão de verbalizar para conversar em silêncio com as palavras através do papel?
Foi o que perguntei uma vez para um amante da escrita e ele me perguntou se eu sabia para onde ia as palavras depois do ponto final.
Não o respondi. Não havia o que responder. Era o que eu pensava e  por isso me calei, achando aquela resposta interrogativa uma grande loucura.
Porém aquela pergunta se instalou em minha cabeça  e um novo questionamento surgiu em minha mente:
Sera que, para ele, minha pergunta também havia soado como uma grande loucura?
Tudo era uma questão de opinião.

Para onde iam as palavras depois do ponto final?
Aquela pergunta me perseguiu, até que finalmente encontrei aquele escritor.
Que para minha surpresa disse que aquela pergunta não havia ficado na minha cabeça, mas sim no meu coração e que era para lá que todas as palavras iam após o ponto final.
E então percebi o motivo dos escritores conversarem sempre com o papel: Eles sabiam do estrago que algumas palavras poderiam causar quando chegassem ao seu destino.

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