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domingo, 19 de abril de 2015

Onde o tempo não passa...




Estou bem alto agora e posso ver todo o tempo que passou.
Enfim, o fim chegou.
Daqui posso ver a beleza que só encontrava em seus olhos, a paz que encontrava em seus braços e a ternura trazida por suas palavras.
Os homens perdem muito tempo, daqui do alto, da pra ver...
A dança dos ponteiros é suave, discreta e implacável.
Daqui do alto da para ver que nos digladiamos sem nenhuma razão e por razões sem nenhum por quê.
Daqui do alto, onde o tempo não passa muitas coisas não fazem sentido. E muitas coisas que não fazem sentido ai embaixo, são completamente compreensíveis aqui.
Como o amor, ou como a beleza que só encontrava em seus olhos.
Será que o tempo é o grande vilão responsável pela nossa cegueira? Ou seria a nossa cegueira responsável por culpar o tempo de todos os infortúnios?

Agora estou aqui, tão alto que nem consigo ver a dança do tempo.
Estou aqui, tão alto, e mesmo assim o tempo passa pelo meu olhar...
Agora estou aqui, flutuando tão alto, mas não o bastante para não conseguir ouvir aqueles que ainda estão lá embaixo.
Agora estou aqui, flutuando muito alto, trazido pelo tempo, para lembrar aos demais que o tempo não espera... 

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