O sol tocou seu rosto e ele sentiu aquela sensação gostosa
de calor invadindo seu corpo. Livre! Agora ele conseguia entender o que ela
quis dizer, no momento aquilo havia soado estranho. Espírito Livre? Como assim?
Foi sua primeira indagação, mas logo ele mesmo acabou por encontrar a resposta.
A liberdade, não era necessariamente o poder e ir e vir, às
pessoas se enclausuram em um tipo de prisão muito pior. A da própria mente. E
se mantém assim, presas a datas, objetos, opiniões, pessoas, bichos de pelúcia...
Pergunto-me qual prazer de manter um pássaro em uma gaiola,
eu tenho uma árvore em meu quintal e todos os dias um coral afinado embeleza
meu despertar, talvez o passarinho da gaiola não cante com tanto entusiasmo.
Creio que a diferença esteja na espontaneidade e na
surpresa, às vezes ‘meu’ passarinho traz um amigo e o coral fica bem mais
bonito, mas e o passarinho da gaiola...?
Mas triste mesmo é ver alguém se prender na gaiola dos seus próprios
pensamentos, não conseguindo enxergar a grandiosidade do horizonte que o
rodeia. A vida é simples, porém algumas pessoas insistem em complica-la.
Então vou chamar o ‘meu’ passarinho, vou pedir para ele
trazer o seu amigo, e fazer um coral surpreendente, na esperança que pelo menos
um ou dois passari
nhos se libertem da gaiola da sua mente.
Como sempre, muito bonito. Tenho notado que suas últimas crônicas evoluíram muito, não só na questão de estarem melhores, mas estão tendo um lado mais... como dizer? Um quê de contos, um quê até mais poético também.
ResponderExcluirParabéns
Té mais...
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Esse texto é muito lindo.
ResponderExcluirsweet-of-cherry.blogspot.com.br